No ritmo da graça
Para essa corrida, tomei a iniciativa e me inscrevi. Também tomei ciência do percurso antes mesmo de começar a correr, mas na caminhada da fé não somos nós que escolhemos participar, nem tampouco escolhemos o trajeto.
É certo que uma “corrida nos é proposta” e devemos corrê-la com “perseverança”.
A palavra perseverança me chama a atenção porque ela dita o ritmo que devemos correr essa corrida, por mais que sejamos intensos no início, pois há muito fôlego e força de vontade para vencer. Todavia, necessitamos de perseverança para continuarmos em um ritmo que nos leve até o fim, mesmo diante dos percalços que a vida nos impõe.
É interesse que no Evangelho entendemos que não somos nós que escolhemos participar dessa corrida, bem como, ele evidência que não é a nossa capacidade que nos garante a vitória, por mais que tenhamos que nos esforçar e “fazer a nossa parte”, uma vez que empenho, foco, esforço, disciplina são necessários para corrermos bem, mas tudo isso é o próprio Deus quem nos dar.
Essa vitória é garantida porque Jesus é o Autor (a origem, a partida) e o consumador (o fim, a chegada) da nossa fé. Afinal de contas, nos jogos cristãos existem prêmios para todos que alcançam o final, não só para quem termina em primeiro lugar.
Samuel Azevedo
Por mais que soframos lesões e não nos achemos capaz o suficiente para chegarmos até o fim, devemos “prosseguir para o alvo”, já que precisamos ter a plena consciência de que ainda estamos longe da suprema perfeição moral e espiritual.
Devemos também nos esforçar com ardor e procurarmos continuamente atingir esse alvo, e mesmo ainda sem alcançá-lo, “vivamos de acordo com o que já alcançamos”.